quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Ready-Made



O ready made nomeia a principal estratégia de fazer artístico do artista Marcel Duchamp. Essa estratégia refere-se ao uso de objetos industrializados no âmbito da arte, desprezando noções comuns à arte histórica como estilo ou manufatura do objeto de arte, e referindo sua produção primariamente à idéia.
O ready-made é uma manifestação ainda mais radical da intenção de Marcel Duchamp de romper com a artesania da operação artística, uma vez que se trata de apropriar-se de algo que já está feito: escolhe produtos industriais, realizados com finalidade prática e não artística (urinol de louça, pá, roda de bicicleta), e os eleva à categoria de obra de arte.
O ready-made se caracteriza por uma operação de sentido que faz retornar o literário ao problema da arte, contrariando a ênfase modernista na forma do objeto artístico. O conceito de alegoria retorna na forma de uma operação que a materializa concretamente. E ao adotar tal operação de sentido, Duchamp termina por implicar mais que a obra de arte; é necessário tratar de toda a constelação estética que envolve a obra e da conjuntura de sentido que a produz, mas também a que a sustenta e sanciona.
É o caso de "Fonte", de 1917. Apresentada no Salão da Sociedade Novaiorquina de artistas independentes, constitui-se a partir de um urinol invertido. A operação que o caracteriza é o deslocamento de uma situação não artística para o contexto de arte. Tal operação é marcada por sua apresentação como escultura e assinatura. À inversão física do objeto corresponde a inversão de seu sentido, que se espelha no corpo do espectador. Do mesmo modo, "Porta-garrafas" (1914, readymade) e "Roda de bicicleta" (1913, readymade assistido) tiram partido de um deslocamento e manipulação do objeto para tornar o sentido de sua aparição crítico.
Ao longo de seu trabalho, Duchamp termina por qualificar a produção de ready mades. A expressão se refere primariamente aos objetos que não sofreram transformação formal. Na qualidade de objetos, assim, de algum modo transformados, temos os Ready mades ajudados, retificados, corrigidos e recíprocos, segundo o modo pelo qual sua forma sofre interferência por parte do artista.
Como em outros casos, está implícito o típico propósito dadaísta de chocar o espectador (o artista, o crítico, o amador de arte), choque que caracteriza a atitude das vanguardas (que necessitam desse choque para reformular o conceito de arte) e persiste frequentemente na arte contemporânea. Mas o ready-made também evidencia sua constituição em uma neutralidade estética, a partir da qual a operação de sentido é proposta : o ready made inicia numa "indiferença visual" : "...a idéia sempre vinha primeiro, e não o exemplo visual", o que é, "...uma forma de recusar a possibilidade de definir a arte." (em Entrevista com Pierre Cabanne)
Uma arte calcada no conceito, que se desenvolve a partir do 'encontro' (rendez-vous), ou seja, do achado fortuito, da blague que dota o objeto de sentido de modo desinteressado, e que, assim, fará com que a obra exista para qualquer sujeito do mesmo modo; em relação à aesthesis, a sensação, o ready made se oferece como fato estético no qual podemos incluir e elaborar nossas experiências, mas que independe da categoria gosto.
Não por acaso, Duchamp afirmaria mais tarde que "será arte tudo o que eu disser que é arte" - ou seja, todo acervo artístico que nos foi legado pelo passado só é considerado arte porque alguém assim o disse e nós nos habituamos a admiti-lo. Donde se conclui que La Gioconda, de Da Vinci, ou O Enterro do Conde de Orgaz, de El Greco, não seriam mais arte do que um urinol ou uma pá de lixo: todos dependem de uma reconstituição atual de seu sentido (como funcionamento da obra), e somente nesse funcionamento, do qual faz parte o sujeito, é que a obra se justifica como arte. Isto é, além de nos indicar que a arte precede e prescinde a maestria formal, o readymade nos faz ver que o objeto deixa de ser arte no momento em que deixa de propor, para si mesmo, novas interpretações — no momento em que deixa de fazer um novo sentido.
Na literatura, notadamente na poesia, o ready-made também foi praticado. Um exemplo concreto são diversos poemas do livro "Poesia Pau-Brasil", do poeta brasileiro Oswald de Andrade, publicado em 1925, que simplesmente colocava textos prontos na página, conhecidos, como trechos da carta de Pero Vaz de Caminha, causando o mesmo estranhamento das obras de Duchamp.

Pop Art


O Novo Realismo

Movimento principalmente americano e britânico, sua denominação foi empregada pela primeira vez em 1954, pelo crítico inglês Lawrence Alloway, para designar os produtos da cultura popular da civilização ocidental, sobretudo os que eram provenientes dos Estados Unidos.

Com raízes no dadaísmo de Marcel Duchamp, o pop art começou a tomar forma no final da década de 1950, quando alguns artistas, após estudar os símbolos e produtos do mundo da propaganda nos Estados Unidos, passaram a transformá-los em tema de suas obras.

Representavam, assim, os componentes mais ostensivos da cultura popular, de poderosa influência na vida cotidiana na segunda metade do século XX. Era a volta a uma arte figurativa, em oposição ao expressionismo abstrato que dominava a cena estética desde o final da segunda guerra. Sua iconografia era a da televisão, da fotografia, dos quadrinhos, do cinema e da publicidade. 

Com o objetivo da crítica irônica do bombardeamento da sociedade pelos objetos de consumo, ela operava com signos estéticos massificados da publicidade, quadrinhos, ilustrações e designam, usando como materiais principais, tinta acrílica, ilustrações e designs, usando como materiais, usando como materiais principais, tinta acrílica, poliéster, látex, produtos com cores intensas, brilhantes e vibrantes, reproduzindo objetos do cotidiano em tamanho consideravelmente grande, transformando o real em hiper-real. Mas ao mesmo tempo que produzia a crítica, a Pop Art se apoiava e necessitava dos objetivos de consumo, nos quais se inspirava e muitas vezes o próprio aumento do consumo, como aconteceu por exemplo, com as Sopas Campbell, de Andy Warhol, um dos principais artistas da Pop Art. Além disso, muito do que era considerado brega, virou moda, e já que tanto o gosto, como a arte tem um determinado valor e significado conforme o contexto histórico em que se realiza, a Pop Art proporcionou a transformação do que era considerado vulgar, em refinado, e aproximou a arte das massas, desmitificando, já que se utilizava de objetos próprios delas, a arte para poucos.
 
Principais Artistas:
Robert Rauschenberg (1925) Depois das séries de superfícies brancas ou pretas reforçadas com jornal amassado do início da década de 1950, Rauschenberg criou as pinturas "combinadas", com garrafas de Coca-Cola, embalagens de produtos industrializados e pássaros empalhados.
Por volta de 1962, adotou a técnica de impressão em silk-screen para aplicar imagens fotográficas a grandes extensões da tela e unificava a composição por meio de grossas pinceladas de tinta. Esses trabalhos tiveram como temas episódios da história americana moderna e da cultura popular.

Roy Lichtenstein
(1923-1997). Seu interesse pelas histórias em quadrinhos como tema artístico começou provavelmente com uma pintura do camundongo Mickey, que realizou em 1960 para os filhos. Em seus quadros a óleo e tinta acrílica, ampliou as características das histórias em quadrinhos e dos anúncios comerciais, e reproduziu a mão, com fidelidade, os procedimentos gráficos. Empregou, por exemplo, uma técnica pontilhista para simular os pontos reticulados das historietas. Cores brilhantes, planas e limitadas, delineadas por um traço negro, contribuíam para o intenso impacto visual.
Com essas obras, o artista pretendia oferecer uma reflexão sobre a linguagem e as formas artísticas. Seus quadros, desvinculados do contexto de uma história, aparecem como imagens frias, intelectuais, símbolos ambíguos do mundo moderno. O resultado é a combinação de arte comercial e abstração.

Andy Warhol
(1927-1987). Ele foi figura mais conhecida e mais controvertida do pop art, Warhol mostrou sua concepção da produção mecânica da imagem em substituição ao trabalho manual numa série de retratos de ídolos da música popular e do cinema, como Elvis Presley e Marilyn Monroe. Warhol entendia as personalidades públicas como figuras impessoais e vazias, apesar da ascensão social e da celebridade. Da mesma forma, e usando sobretudo a técnica de serigrafia, destacou a impessoalidade do objeto produzido em massa para o consumo, como garrafas de Coca-Cola, as latas de sopa Campbell, automóveis, crucifixos e dinheiro.
Produziu filmes e discos de um grupo musical, incentivou o trabalho de outros artistas e uma revista mensal.


NO BRASIL
A década de 60 foi de grande efervescência para as artes plásticas no pais. Os artistas brasileiros também assimilaram os expedientes da pop art como o uso das impressões em silkscreen e as referências aos gibis. Dentre os principais artistas estão Duke Lee, Baravelli, Fajardo, Nasser, Resende, De Tozzi, Aguilar e Antonio Henrique Amaral.
A obra de Andy Warhol expunha uma visão irônica da cultura de massa. No Brasil, seu espírito foi subvertido, pois, nosso pop usou da mesma linguagem, mas transformou-a  em instrumento de denúncia política e social.

Realismo



Durante a segunda metade do século XIX, uma grande quantidade de tendências artísticas surgiu no contexto ocidental, sendo as principais o Realismo, o Naturalismo, o Parnasianismo e o Simbolismo. Essas novas formas de arte coexistiam, disputavam espaço entre si e, muitas vezes, apresentavam tendências contraditórias, como as idéias do

Realismo e do Naturalismo em oposição às do Simbolismo e as idéias de versificação parnasianas contrapostas às simbolistas. Essa grande profusão de tendências diferentes fez desse século um período marcado pela ambigüidade.

 Desde 1848, um pouco antes do final do segundo império napoleônico e das grandes manifestações anarquistas até o fim do século XIX, ocorreram mudanças significativas no contexto ocidental nos campos científico, social, econômico e político.

Na ciência, houve a substituição da visão criacionista do homem — pautada nas doutrinas religiosas, em especial a cristã — pela evolucionista, fundamentada nas novas teorias desenvolvidas durante o século XIX. Entre os representantes mais importantes dessas teorias estão Darwin e Lamarck.

Ainda nesse século, a produção de bens cresceu devido à utilização em larga escala do petróleo e da eletricidade, além de mudanças nas técnicas da automatização do trabalho operário. Máquinas cada vez mais modernas e rápidas começaram a ser implementadas nas indústrias, que, por fim, tornaram-se cada vez maiores.

A diferenciação entre os diversos setores da burguesia, que lutaram juntos na simbólica Revolução Francesa, ficou cada vez maior. O capitalismo se consolidou de maneira definitiva no Ocidente, ocupando todo o espaço de outras formas econômicas, como o mercantilismo.

As grandes cidades européias passaram a crescer de maneira muito rápida devido a mudanças que vinham ocorrendo desde o século XVIII, em especial o cercamento dos campos, que praticamente aboliu as terras comunais e retirou o poder dos nobres proprietários de terras, sendo substituído por uma organização mais produtiva e necessária tanto para o sustento das grandes cidades européias como para a liberação de mão-de-obra para trabalhar nessas cidades.

Nesse contexto, diversas teorias econômicas, políticas e ideológicas encontraram terreno fértil, das quais podemos citar como as mais importantes o anarquismo e o marxismo. O primeiro movimento, liderado por Bakunin, encontrou grande repercussão nos movimentos de 1848 e nos movimentos operários, como o cartismo e o ludismo.

As idéias socialistas disputavam espaço com as anarquistas na sucessão do mundo capitalista. Desde o lançamento do Manifesto Comunista, Marx passou a contar com um número crescente de “discípulos” na Europa e a formar uma das mais importantes correntes socialistas em atuação no Ocidente.

Paralelamente a essas mudanças, o Brasil também viveu um clima de transformações. Em meados de 1870, movimentações sociais fizeram com que as idéias abolicionistas ganhassem força, e, em 1888, decretou-se a abolição da escravatura no Brasil. Logo após esse evento, em 1889, aconteceu a Proclamação da República, quando os republicanos conseguiram impor seus ideais. Nessa ocasião, o poder foi assumido por militares para que os ideais positivistas de um governo racional, leigo e desvinculado do poder eclesiástico fossem colocados em prática.

Mas, ao assumir seu posto, o governo republicano reafirmou velhos valores e hábitos que já estavam presentes na época imperial brasileira. Era o início da República Velha, também conhecida como República do café-com-leite ou República dos Coronéis.

Ao mesmo tempo em que os ideais positivistas se desenvolviam no Brasil e no mundo, cresciam os ideais voltados para a espiritualidade. Os movimentos messiânicos, como os sebastianistas (que acreditavam na volta de Dom Sebastião), ganharam muita força no final do século XIX, motivados por uma descrença nos ideais racionalistas por parte das massas populares e pela proximidade do início de um novo século — época propícia a crenças apocalípticas.

Indialismo



O indianismo faz referência à idealização do indígena, por vezes retratado como herói nacional, Foi uma das peculiaridades do Romantismo no Brasil, possuindo ainda menor extensão nas artes plásticas durante o século XIX.
Na Europa o Romantismo foi buscar seu herói tos em relação aos portugueses; muito menos os negros, vindos da África, pois o pensamento da época não permitia isso. Restaram os índios, a população que habitava o país antes da conquista européia. Contudo, divergindo do Indianismo, e voz marginal dentro do Romantismo, Castro Alves passou à História como o "Poeta dos Escravos", ao criar poemas abolicionistas como Navio negreiro e Vozes d'África.
Um dos fatos que estimulou o surgimento do romantismo no Brasil, foi a proclamação da independência em 1822, que, por sua vez, iniciou a definição da identidade brasileira. Conhecidos também como nativistas, povoam seus romances e versos de índios que correm livres em seu meio natural e belo. É importante lembrar, que a preocupação romântica não era reconstituir uma verdade histórica, mas sim encontrar valores apresentáveis à seu público leitor, que na Europa era o cavaleiro medieval, e no Brasil, o índio.

Gerações Românticas




Primeira Geração
Era voltada para a natureza, o regresso ao passado histórico e ao medievalismo. Cria um herói nacional na figura do índio, de onde surgiu a denominação de geração indianista. O sentimentalismo e a religiosidade são outras características presentes. Entre os principais autores podemos destacar Gonçalves de Magalhães, Gonçalves Dias e Araújo Porto Alegre. Gonçalves de Magalhães foi o introdutor do Romantismo no Brasil. Obras: Suspiros Poéticos e Saudades. Gonçalves Dias foi o mais significativo poeta romântico brasileiro. Obras: Canção do exílio, I-Juca-Pirama. Araújo Porto Alegre fundou com os outros dois a Revista Niterói-Brasiliense

Entre as principais características da primeira geração romântica no Brasil estão: o nacionalismo ufanista, o indianismo, o subjetivismo, a religiosidade, o brasileirismo (linguagem), a evasão do tempo e espaço, o egocentrismo, o individualismo, o sofrimento amoroso, a exaltação da liberdade, a expressão de estados de alma, emoções e sentimentalismo.

A segunda geração, também conhecida como Byroniana e Ultra-Romantismo, recebeu a denominação de mal do século pela sua característica de abordar temas obscuros como a morte, amores impossíveis e a escuridão.
Entre seus principais autores estão Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Fagundes Varela, Junqueira Freire e Pedro de Calasans. Álvares de Azevedo fazia parte da sociedade epicuréia destinada a repetir no Brasil a existência boêmia de Byron. Obras: Pálida à Luz, Soneto, Lembranças de Morrer, Noite na Taverna. Casimiro de Abreu escreveu As Primaveras, Poesia e amor, etc. Fagundes Varela, embora byroniano, já tinha em sua poesia algumas características da terceira geração do romantismo. Junqueira Freire, com estilo dividido entre a homossexualidade e a heterossexualidade, demonstrava as idiossincrasias da religião católica do século XIX.
Já as principais características da segunda geração foram o profundo subjetivismo, o egocentrismo, o individualismo, a evasão na morte, o saudosismo (lamentação) em Casimiro de Abreu, por exemplo, o pessimismo, o sentimento de angústia, o sofrimento amoroso, o desespero, o satanismo e a fuga da realidade.

Terceira geração, conhecida também como geração Condoreira, simbolizada pelo Condor, uma ave que costuma construir seu ninho em lugares muito altos e tem visão ampla sobre todas as coisas, ou Hugoniana, referente ao escritor francês Victor Hugo, grande pensador do social e influenciador dessa geração.
Os destaques desta geração foram Castro Alves, Sousândrade e Tobias Barreto. Castro Alves, denominado "Poeta dos Escravos", o mais expressivo representante dessa geração com obras como Espumas Flutuantes e Navio Negreiro. Sousândrade não foi um poeta muito influente, mas tem uma pequena importância pelo descritivismo de suas obras. Tobias Barreto é famoso pelos seus poemas românticos.
As principais características são o erotismo, a mulher vista com virtudes e pecados, o abolicionismo, a visão ampla e conhecimento sobre todas as coisas, a realidade social e a negação do amor platônico, com a mulher podendo ser tocada e amada.
Essas três gerações citadas acima, apenas se aplicam para a poesia romântica, pois a prosa no Brasil, não foi marcada por gerações, e sim por estilos de textos - indianista, urbano ou regional - que aconteceram todos simultaneamente.
No país, entretanto, o romantismo perdurará até à década de 1880. Com a publicação de Memórias Póstumas de Brás Cubas, por Machado de Assis, em 1881, ocorre formalmente a passagem para o período realista.

Chopin


Um pianista romântico...
Frédéric Chopin foi o pianista e compositor musical que a Polônia revelou ao mundo. Nasceu no dia 1º de março de 1810. Aos sete anos de idade, ingressou em uma escola de Música, compondo sua primeira peça. Um ano depois, participou de um concerto, sendo essa a primeira de muitas apresentações que faria no decorrer de sua carreira artística. Aos 20 anos, realizou concertos de piano em Viena, Praga e Dresden. Em Paris, onde se instalou, em 1831, obteve rápido sucesso e consequente fama. No período em que viveu em Paris, conheceu e teve contato com Franz Liszt, Robert Schumann e Hector Berlioz. Nos anos 1830, Chopin contraiu tuberculose, doença conhecida como "o mal do século". Lutando contra a doença, Chpin utilizou todos os recursos financeiros que dispunha, passando a depender de amigos para sobreviver, até que, em 1849, a tuberculose o matou. Suas principais obras foram: Valsa em mi menor, Fantasia do Improviso, Scherzo em si bemol, Concerto em mi menor, Noctornos, Prelúdios e Marcha fúnebre.
 

Romantismo


• O porque do nome Romantismo?
Passou-se a chamar de "românticas" as manifestações em
que o indivíduo parece ser maior do que a sua situação
moral, financeira ou social. É o sentimento de a realidade
ser insuficiente para tanto fervor e energia. É por isso
que o conceito de gênio, por exemplo, é um conceito
romântico, tanto nas artes quanto nas ciências.